Patrinvest, investimentos imobiliários

Ao longo de mais de 30 anos trabalhando na indústria imobiliária especificamente na comercialização de imóveis, temos visto por inúmeras vezes a discussão de o que é melhor, realizar um investimento no mercado imobiliário ou financeiro?

Claro que é da natureza humana cada um puxar a brasa para sua sardinha. Porém, comparar este dois ativos é como colocar na balança laranjas de um lado e melão do outro e tentar equilibrar o peso. Impossível, são investimentos diferentes cada qual com suas idiossincrasias.

Não tenho pretensões de desenvolver aqui sofisticadas analises do universo econômico, suas causas e efeitos. Pretendo sim apresentar um comparativo que eventualmente pode derramar um pouco de luz  e de forma simplista estabelecer comparações.

Para começar, o que produz riqueza é trabalho. Dinheiro é expressão de riqueza, não riqueza em si. Se o mercado financeiro está pagando 14% ao ano a alguém, há em algum lugar outra pessoa(s) trabalhando para que este excedente se materialize no mundo físico, senão é dinheiro escritural. Se a sua intenção é colocar um milhão de reais no banco e reinvestir reiteradamente os juros e correções oriundos deste capital, de fato não há nada melhor que o investimento financeiro. Por outro lado, se pretende viver de renda, é preciso comprar um imóvel ou algum ativo que renda dividendos.

Em hipótese simples você coloca R$1 milhão no banco com rendimento de 1% ao mês ou R$10.000 reais por mês. Sacados durante o período seu poder de compra mensalmente diminuirá corroído pela inflação. A cada ano no final do período, tanto seu capital inicial quanto seu rendimento terão decrescido. No imóvel o aluguel de R$ 10 mil por mês será corrigido pela inflação no 13º mês. Desta forma ano a ano seu poder de compra continua o mesmo, além da valorização do imóvel que em alguns casos é o melhor da festa.

Ai você me pergunta:

– Se o banco e o imóvel tem segurança e liquidez, no caso do imóvel não poderia ser menor se ele ficar vago diminuindo assim a minha receita ? A resposta é sim, mas existem mecanismos para mitigar estes riscos. Isto a gente fala num próximo vídeo.

Por Paulo Roberto Almeida Lima
Vídeo apresentado por Jay Araújo